São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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Covas lança programas para atrair empresas e cortar o custo São Paulo

FERNANDO RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), lança amanhã à tarde três programas econômicos que visam recuperar a economia paulista.
O objetivo é atrair mais empresas para o Estado, criar mais empregos e diminuir o chamado custo São Paulo -aquilo que um empresário gasta para montar uma indústria em solo paulista.
São os seguintes os programas: Programa de Desenvolvimento e Competitividade do Estado de São Paulo (PDC); Câmaras Paulistas Setoriais e Bolsa de Empregos.
O PDC e as Câmaras Setoriais Paulistas serão criadas por decreto do governador. A Bolsa de Empregos, por ser destinada a funcionários públicos que se candidatem à demissão voluntária, será implantada apenas se a Assembléia Legislativa aprovar projeto de lei.
No caso do PDC, Covas pretende sistematizar e centralizar a recepção de novos investimentos produtivos para São Paulo.
Apesar de já ter confirmado a entrada de US$ 6,680 bilhões nos próximos dois anos, o governador pretende fazer um marketing mais coordenado do Estado.
São Paulo não tem, por exemplo, um programa sistemático de visitas a investidores estrangeiros. Isso passará a ser assunto do PDC, que ficou sob a coordenação de Emerson Kapaz, secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico de Covas.
Evidentemente, a perda da nova fábrica de caminhões da Volkswagen para o Rio pesou na decisão de criar o PDC. São Paulo disputou a vinda dessa fábrica com o Rio, mas não conseguiu convencer a multinacional alemã.
As Câmaras Setoriais Paulistas vão repetir um exemplo federal. Quando for identificado algum problema estrutural no Estado, serão convidados empresários e representantes dos trabalhadores assalariados daquele setor para discutir possíveis soluções.
Sob a coordenação do secretário do Trabalho paulista, Walter Barelli, a primeira câmara setorial já está definida. Será sobre o porto de Santos, que representa um dos maiores custos para empresas que pretendam produzir e exportar.
Outras duas áreas que já se sabe terão câmaras setoriais são as de produtos têxteis e de calçados.
É de 60 dias o prazo para implantação das decisões anunciadas por Covas amanhã. No caso da Bolsa de Empregos, a implantação pode demorar mais porque depende de aprovação da Assembléia.

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