São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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Transplante de células pode curar doença nos músculos

DA "NEW SCIENTIST"

Médicos britânicos dizem que células de pele modificadas por engenharia genética podem oferecer um tratamento para formas herdadas de distrofia muscular.
A distrofia muscular, doença debilitante progressiva, atinge pessoas que produzem quantidades insuficientes de uma proteína conhecida como distrofina.
Pesquisadores esperam que células dermatológicas alteradas funcionem como fonte de proteínas para os músculos. Sem distrofina, diz Diana Watt, da Escola de Medicina Charing Cross and Westminster (Reino Unido), células musculares degeneram e morrem.
Os efeitos mais extremos são vistos na distrofia muscular de Duchenne (DMD), forma mais comum da doença, que afeta 1 em cada 3.500 meninos. Aos dez anos, a maioria não consegue andar. Eles morrem no fim da adolescência, quando os músculos respiratórios param de funcionar. As meninas raramente são afetadas pela doença.
O desafio dos pesquisadores é como fazer com que os músculos produzam distrofina. Watt e colegas fizeram isso em camundongos.
A equipe tirou células de pele de camundongos saudáveis e as injetou nos músculos das pernas de animais com a doença. Semanas mais tarde, as células de pele se transformaram em musculares.
Embora células da pele produzam em geral pouca distrofina, as células transplantadas produziram tanta proteína quanto células musculares ativas.

Tradução de Clara Allain

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