São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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Para presidente, colunista ``marcou época"

DA SUCURSAL DO RIO; DO BANCO DE DADOS

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que ``Ibrahim Sued sem dúvida nenhuma marcou uma época com seu estilo".
Para o governador do Rio, Marcello Alencar, 70, Sued ``marcou o jornalismo com um estilo pessoal e criativo".
O presidente das Organizações Globo, Roberto Marinho, 90, afirmou que o colunista ``tinha grande dedicação aos amigos". ``Ibrahim não só era um jornalista extremamente fiel com o jornal e com o público, como era uma pessoa afável", disse.
Sued, que se dizia um garoto pobre da praça Onze, foi vendedor ambulante, garçom e trabalhou em sapatarias.
Começou no jornalismo como fotógrafo free-lancer de matérias policiais. Uma foto, em 1946, tirou-o do anonimato. Ele registrou o momento em que o líder da política baiana Otávio Mangabeira beijava a mão do general Dwight Eisenhower, no Palácio Tiradentes. A foto, distribuída internacionalmente, causou crise no Congresso.
Sued ganhou sua primeira coluna social na revista Manchete. A fama chegou em 1954, quando entrou no ``O Globo".
Em 1983, ele comemorou, no Copacabana Palace, 30 anos de colunismo, em festa ornada com 40 mil folhas de samambaias.
``Dei certo porque trabalhei. Não fiquei andando de tamanco, chorando miséria", disse, em 88, ao explicar seus US$ 1,5 milhão em obras de arte.
Sued fechava suas participações na TV com expressões que tornou célebres: ``ademã (até amanhã em francês), que eu vou em frente" ou ``de leve, que eu chego lá".

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