São Paulo, segunda-feira, 2 de outubro de 1995
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Mãe e filha morrem na 42ª chacina de 95

DA REPORTAGEM LOCAL

Duas pessoas foram mortas a tiros ontem de manhã na favela do Barro Branco, no Grajaú (zona sul). Outras três pessoas ficaram feridas, uma delas gravemente.
Essa foi a 42ª chacina do ano na Grande São Paulo (leia abaixo).
A polícia suspeita que o motivo do assassinato tenha sido a cobrança de dívidas por drogas. Dentro da casa, foram encontradas duas trouxinhas de maconha.
Segundo Claudenice Alves Lopes, 18, que levou apenas um tiro de raspão no rosto, a porta da casa foi arrombada por volta das 9h30.
Um traficante da região, conhecido como Nei, teria entrado atirando, com uma pistola em cada uma das mãos. Um outro homem teria ficado aguardando na porta.
O traficante teria ido à casa cobrar uma dívida do irmão de Claudenice, Adriano Alves Lopes, 23, que levou um tiro na cabeça e até as 20h de ontem estava internado em estado grave.
A mãe e a irmã dos dois, Raimunda Alves Lopes, 44, e Adriana Alves Lopes, 20, foram baleadas na cabeça e morreram no local. O namorado de Adriana, Eduardo Borges Carreia, 22, foi ferido na mão e não corre perigo.
Segundo os vizinhos, foram disparados mais de 20 tiros. Os dois assassinos conseguiram fugir a pé.
Adriano era procurado pela polícia. Ele havia fugido da penitenciária de Bauru (345 km de SP), onde cumpria pena por assalto.

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