São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995 |
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Troca de tiros em morro carioca assusta moradores da zona norte
RONI LIMA
Dois carros teriam sido atingidos por balas. Tiros na região têm sido constantes devido à briga entre grupos rivais de traficantes dos dois morros, que são contíguos. Em 9 de setembro, dez pessoas morreram baleadas na favela do Turano. Na quinta passada, moradores da Chacrinha fecharam trecho da rua Conde de Bonfim, em represália à morte da empregada doméstica Maria da Penha da Silva, 22, que teria sido vítima de tiroteio entre PMs e traficantes. Os crimes estão sendo investigados. O delegado titular da 18ª DP, Altair Queiroz, pediu à Justiça a prisão preventiva de três acusados pela chacina -Augusto José Rodrigues da Silva Lima, 18, o Gubé, Celso Murilo Ribeiro, 31, o Murilo, e Odair Nunes Roubert, conhecido como Playboy. Desde a chacina, pelo menos duas pessoas já morreram baleadas no morro da Chacrinha. Quanto ao tiroteio de domingo à noite, não houve registro na delegacia. Moradores da rua Pereira Barreto, porém, afirmam que os pneus de dois carros estacionados na rua foram atingidos. Teria sido uma represália de traficantes, porque o dono do veículo seria um policial. A mãe do policial, que pediu à Folha para não ser identificada, negou que os carros tivessem sido atingidos. Segundo ela, os tiros ouvidos foram disparados em meio à perseguição de PMs a um carro com quatro traficantes. O delegado Queiroz disse que a briga entre os traficantes rivais começou há cerca de dois meses, quando foi assassinado o então chefe do tráfico nos morros, conhecido como ``Nem". O crime teria sido comandado pelo traficante Murilo. Queiroz disse que depois Murilo e Playboy começaram a disputar o comando do tráfico nas duas favelas. Texto Anterior: SP tem início de incêndio no centro Próximo Texto: Apreendidos em São Paulo R$ 4 mil em notas falsas Índice |
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