São Paulo, terça-feira, 3 de outubro de 1995
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Roberto cria o universo `pop'

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

Roberto Farias não é Richard Lester, isso é fato. Mas ao menos tentou fazer para o cantor Roberto Carlos, em filmes como ``A 300 Quilômetros por Hora", exibido hoje pela CNT/Gazeta (às 21h30), o mesmo que Lester fez para os Beatles: o explorou como ídolo.
Um Ídolo que vivia, falava e se relacionava em um universo carregado do que poderia ser entendido como um ``imaginário pop".
A tarefa de filmes como ``Help", dirigido por Lester, ou ``Roberto Carlos em Ritmo de Aventura" era tentar mostrar e fazer crer no glamour e no inalcançável, adjetivos de toda estrela.
``A 300 Quilômetros" ainda continua a perseguir essa idéia, mas se distancia dos primeiros filmes de Farias feitos com Roberto Carlos.
Pela primeira vez o cantor não representa mais a si mesmo, mas um personagem, um mecânico que sonha em ser campeão de corridas. É acrescentado então mais esse dado: uma idéia de realidade, e não apenas garotas, barcos e praias.
Mais do que uma curiosidade de época, o filme representa um momento de associação, no Brasil, entre o cinema e o grande ídolo musical de massa. Um momento que parece estar hoje definitivamente perdido.

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