São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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Petrobrás endurece e paga salário com reajuste inferior ao proposto
DA SUCURSAL DO RIO A Petrobrás pagou ontem os salários dos seus empregados com um reajuste de 20,94%, correspondente à variação do IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor em Real) entre setembro/94 e junho/95.Este é o índice oficial de reajuste para categorias com data-base em setembro. A empresa propôs oficialmente aos seus empregados um reajuste médio de 29,8%, mas o índice foi recusado nas assembléias dos petroleiros. A expectativa dos empregados era de que a empresa pagasse ontem o valor correspondente ao reajuste que ela propôs -como ocorria em outras negociações. A direção da Petrobrás preferiu se ater ao índice oficial e esperar o desfecho das negociações em andamento com a FUP (Federação Única dos Petroleiros). Para o presidente da FUP, Antônio Carlos Spis, o pagamento do índice oficial representa ``uma chantagem da empresa" com os petroleiros para fazer com que eles aceitem o reajuste que ela está propondo. A FUP reivindica reposição salarial de 48,84%, mais produtividade de 6,5% e ainda um ajuste entre as faixas salariais da empresa que daria outro reajuste entre 12% e 18%. A entidade sindical quer ainda que a empresa mantenha uma cláusula de garantia no emprego, retirada na proposta deste ano. Outra reivindicação é que a empresa elimine os efeitos sobre 13 salário, férias e outros direitos, do desconto de salário do período de 3 de maio a 2 de junho deste ano, quando os petroleiros estavam em greve. Diante do impasse, a FUP pediu anteontem que a Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados seja mediadora das negociações. Até o começo da noite de ontem a comissão ainda não havia dado uma resposta oficial. A Petrobrás rejeitou a proposta porque entende que as negociações chegaram a um impasse do qual é impossível sair. Texto Anterior: Grevista terá o dia descontado Próximo Texto: Reunião define data do congresso nacional Índice |
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