São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995
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BC decide hoje prazo para consórcio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O alongamento do prazo de consórcio de automóveis dos atuais seis meses (máximo) para no mínimo 50 meses pode ser definido hoje pelo Banco Central.
A medida foi anunciada na semana passada, mas as últimas análises mostram que as vendas no mercado interno estão aquecidas.
Os prazos para consórcios de eletroeletrônicos também serão discutidos hoje pelos técnicos do BC. As alternativas são entre 20 e 30 meses. Esse tipo de consórcio está proibido desde outubro de 94.
Os últimos dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostram recorde de vendas em agosto (133 mil veículos). O aumento da demanda é uma das preocupações do BC para alongar os prazos de consórcios.
O objetivo do governo é manter os consórcios como responsáveis por apenas 30% da produção nacional. Atualmente, existem 920 mil cotas disponíveis para uma estimativa de produção anual de 1,5 milhão de automóveis. A entrega por lance deve continuar proibida.
Em julho, a participação dos consórcios na produção nacional foi de 33%. Não está descartada redução nos cinco níveis de cotas permitidas às administradoras, que variam de mil a 20 mil cotas.
O aumento das vendas de eletroeletrônicos é outro empecilho para a liberação de novos grupos de consórcios. O BC aposta em prazos mais longos, que afastam o consumidor do mercado.
A proposta de 50 meses para consórcios de automóveis afasta o consumidor das compras por mais de quatro anos.
Técnicos do Ministério da Fazenda defendem que os consórcios de carros possam ter prazo mínimo de 24 meses, sem reflexos sobre a inflação, mesmo que a entrega mais rápida acelere a entrada de dinheiro no mercado.

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