São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995 |
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Alemão evita comparações
ARNALDO RIBEIRO
Extrovertido, ele, no entanto, não se considera um dos líderes do grupo e também não gosta que o comparem com o meia Toninho Cerezo. ``Desde que eu cheguei no São Paulo, no ano passado, queriam me comparar com o Cerezo. Não existe comparação. Ele é um mito e nós temos estilos de jogo diferentes", afirma o jogador. (AR) Folha - O que muda no time com a entrada da dupla Alemão-Toninho Cerezo? Alemão - Com o Donizete, que vinha jogando, o time ganha mais em força e em marcação. Com o Cerezo, ganha mais na armação e no toque de bola. O meu papel continua o mesmo. Tenho que proteger a defesa. Folha - Mas o técnico Telê Santana disse que vocês também têm a função de comandar todo o time dentro de campo... Alemão - Temos que fazer o time errar menos passes, jogar de modo mais cadenciado e com mais tranquilidade. Quanto ao comando dentro de campo, entendo que não adianta nós gritarmos com os garotos, senão corrermos tanto ou mais que eles nos jogos. Temos que estar bem preparados e dar o exemplo. Folha - Como você avalia o desempenho da dupla no único treino em que fizeram juntos? Alemão - Até que foi bom. Mas ainda falta alguma coisa. Erramos mais passes que o normal, por exemplo. Folha - Você ainda crê na classificação do São Paulo no primeiro turno? Alemão - Sim. O time recuperou o futebol e a confiança. Agora, entramos em campo muito mais motivados e as chances de gol estão surgindo com naturalidade. Folha - Você disse que a entrada do Rogério Pinheiro na lateral direita foi fundamental para a recuperação da equipe no campeonato. Contra a Portuguesa, ele não joga por estar suspenso... Alemão - O Rogério deu estabilidade ao time por ser um jogador de marcação. Com o Pavão, que é mais atacante, nós, do meio-campo, precisamos fazer a cobertura na lateral e abrimos buracos na frente da defesa. Texto Anterior: Cerezo fala em `emoção' Próximo Texto: `Trintões' superam teens no Brasileiro 95 Índice |
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