São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995
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Computador vira agência bancária

LUCIA REGGIANI
DA REPORTAGEM LOCAL

O pesadelo da fila de banco está perto de acabar para quem tem computador e telefone em casa. É que os bancos decidiram ampliar o acesso dos correntistas às transações on line, antes restritas a empresas e clientes especiais.
Começam a surgir soluções que permitem pagar a qualquer hora, sem sair de casa, a mensalidade escolar e o condomínio por ficha de compensação, e luz, água e telefone pela leitura óptica do código de barras das contas.
Há mais novidades. Pelo menos duas instituições -Banco Rural e Caixa Econômica Federal- estão prontas para operar home banking (banco em casa) na Internet, a rede mundial de computadores.
Só não entraram ainda por falta de um sistema de segurança de dados à prova de hackers, sujeitos que entram no sistema alheio sem pedir licença, e de ciberladrões.
A ação dessas indesejáveis criaturas brecou as operações do Wells Fargo Bank na Internet no mês passado. E ensejou o acordo entre Microsoft e a administradora de cartões de crédito Visa, para o desenvolvimento de uma solução.
Com segurança, qualquer mortal poderá pagar dívidas e contrair outras em qualquer parte da rede com dinheiro virtual.
O papel-moeda também está fadado a virar peça de museu fora da Internet. Na última sexta-feira, o Bradesco lançou um projeto piloto de Smart Card. O cartão inteligente contém um microprocessador que carrega até R$ 1.500 e vai descontando as despesas até o último centavo.
O estímulo dado hoje pelos bancos ao home banking tem dois bons motivos: economia de tempo para o cliente e redução de custos para a instituição. Cada transação eletrônica custa de três a seis vezes menos que a realizada na agência.
Para atrair o correntista, alguns bancos oferecem financiamento para a compra do micro. A maioria vem atualizando os programas de acesso aos seus computadores.
Como o Itaú, vários estão tornando mais fáceis de usar os soft que funcionam em DOS, sistema que controla as funções básicas do micro. Outros, como o Citibank, migraram para o ``Windows".

LEIA MAIS
sobre home banking nas páginas 6-6 e 6-7

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