São Paulo, quarta-feira, 4 de outubro de 1995
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Bomba fere presidente da Macedônia e mata motorista

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da Macedônia, Kiro Gligorov, escapou de uma tentativa de assassinato ontem quando um carro-bomba explodiu no centro de Skopje, a capital do país.
O motorista do carro em que Gligorov estava morreu na hora, e outras cinco pessoas ficaram feridas, duas gravemente.
Segundo diplomatas franceses, médicos do hospital em que Gligorov foi internado disseram que ele teve fratura do crânio e contusões em todo o corpo. O governo macedônio afirmou que Gligorov foi operado e não corre risco de vida.
A polícia prendeu duas pessoas que tentavam fugir do local da explosão, mas não divulgou sua identidade. O país fechou imediatamente as fronteiras.
A bomba, de 20 kg, foi detonada por controle remoto. O carro-bomba explodiu em frente a um hotel quando Gligorov passava pelo local em direção a seu escritório no Parlamento, a 250 m, às 9h30 (5h30 em Brasília).
Testemunhas disseram que o presidente foi atingido na perna e nos olhos por estilhaços de vidro.
Nenhum grupo reivindicou o atentado. Todos os partidos de oposição no país condenaram o ataque, acusando-o de tentar desestabilizar a Macedônia.
O atentado coincidiu com negociações entre diplomatas gregos e macedônios sobre a implementação de um acordo para normalizar as relações entre os dois países.
A Macedônia era uma das repúblicas que formava a Iugoslávia antes de ela se dividir, em 1991.
A Grécia diz que o uso do nome Macedônia implica uma reivindicação da Província da Macedônia, que fica no norte grego. O país condenou o atentado. A Macedônia enfrenta problemas ainda com a minoria albanesa (21% da população), que reivindica direito a formar um país.

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