São Paulo, quinta-feira, 5 de outubro de 1995
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Hotel aponta conduta estranha

DA REPORTAGEM LOCAL

O comportamento de Jorge Alfredo Mirândola foi considerado ``estranho" pelos funcionários do Hotel Lunayama, de Divinolândia.
Nos 18 dias que ficou hospedado, Mirândola não permitiu que entrassem em seu quarto, nem para limpá-lo. Além disso, cobria com jornal as janelas do quarto.
O ex-funcionário do Itamaraty não costumava fazer refeições em restaurantes. Segundo relato da gerente do hotel, Marlene de Sordi, Mirândola dizia que comprava enlatados para comer no quarto.
Marlene afirmou ontem que Mirândola fez apenas duas ligações do hotel, ambas para sua mãe, no Rio, a cobrar, pedindo dinheiro.
Mirândola se registrou no hotel em 15 de setembro e saiu por volta do meio-dia da terça-feira -dia da explosão da bomba. Em sua ficha, colocou a profissão de vendedor.
O proprietário do hotel, Naief Haddad Neto, afirmou que, apesar de "estranho", Mirândola era comunicativo e prestativo. Gostava de consertar carros -sempre se oferecia para fazer um conserto.
Mirândola também foi prestativo quando ajudou a socorrer uma vizinha do hotel, que sofreu um infarto. Funcionários do hotel disseram que ele reclamava com frequência de pequenas coisas. "Era uma pessoa chata", implicante com tudo, afirmou a gerente.

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