São Paulo, quinta-feira, 5 de outubro de 1995
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Pais querem evitar ir à Justiça

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Aipa (Associação Intermunicipal de Pais e Alunos de São Paulo), que tem cerca de 6.000 filiados, Mauro Bueno, 41, afirma que as escolas nunca cumprem as regras do governo para mensalidades porque a redação das MPs é ``falha".
``Queremos que o governo estabeleça regras para 96 que não dêem margem para brigas na Justiça", diz Bueno.
Para ele, é possível haver livre negociação entre pais e escolas sem cartelização do setor.
``Hoje, o que acontece é que as escolas formam cartel. Isso não é livre negociação. Os preços são diferentes, mas os critérios de reajustes são os mesmos. O governo deve fixar regras rígidas e claras."
Bueno afirma acreditar que, desta vez, o governo ``faça as coisas direito".
``O governo está preocupado em segurar os preços e sabe que as mensalidades são um dos principais componentes da inflação."
Para o advogado Adib Salomão, 62, consultor jurídico de cerca de mil escolas particulares de São Paulo, as regras que estão em vigor são suficientes para regular as mensalidades escolares.
``Não estou entendendo o porquê dessas mudanças. Outra MP agora só vai criar agitação e dúvida num setor que depende da confiabilidade das duas partes (pais e escolas)."
Segundo Salomão, já existe livre negociação entre as partes. ``A escola não obriga o pai a fazer nada. Ele pode escolher. É como em um supermercado, você escolhe o que tem vontade."

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