São Paulo, quinta-feira, 5 de outubro de 1995 |
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Dois condenaram O. J. em 1ª votação
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Com as primeiras entrevistas de membros do júri, começa-se a saber como eles chegaram ao veredicto em 210 minutos e como foi a vida deles em reclusão. Brenda Moran, negra, 44, disse que um voto pela condenação foi de um branco (o outro ela não lembra). O júri tinha dois brancos. Seu voto pela absolvição, disse, foi decidido em função dos erros por ela percebidos na obtenção das evidências. Lionel Cryer, negro, 44, também atribuiu o seu voto à fragilidade das evidências: ``Era tudo um lixo só", disse, sobre as provas da promotoria. Mas Anise Aschenbach, branca, 61, relatou à irmã que estava convencida da culpa de Simpson, mas que resolveu absolvê-lo ``por causa de Mark Fuhrman", o detetive acusado de, por racismo, ter forjado evidências contra o réu. O hotel em que o júri ficou isolado do mundo, revelou-se ontem, foi o Intercontinental, que cobra diárias de US$ 180. Todos os jurados que deram declarações ontem reclamaram da incomunicabilidade a que foram submetidos. Eles eram proibidos de trancar os quartos, estavam sempre acompanhados nas visitas de familiares e seus telefonemas eram ouvidos por policiais. (CELS) Texto Anterior: Júri branco deve ser maioria nas ações civis Próximo Texto: Equipe de advogados `racha' após veredicto Índice |
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