São Paulo, sexta-feira, 6 de outubro de 1995
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Uniformizadas sobrevivem em SP

RODRIGO BERTOLOTTO; SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

As torcidas uniformizadas de São Paulo sobrevivem ao impacto provocado na sociedade civil pela briga, envolvendo são-paulinos e palmeirenses, em 20 de agosto.
A pancadaria geral terminou com 101 feridos e um morto.
Apesar da gravidade do fato, muitos jovens continuam procurando diariamente as organizadas para se associarem.
Dirigentes da Mancha Verde e TUP (Palmeiras), Leões da Fabulosa (Portuguesa), Torcida Jovem (Santos), Dragões da Real (São Paulo), Gaviões da Fiel e Camisa 12 (Corinthians) ouvidos pela Folha foram unânimes e disseram que os efeitos do confronto afetaram muito pouco o fluxo de novos torcedores inscritos por semana.
``Muitos sócios preferem dar um tempo e não aparecem na sede. Mas ninguém deixou a nossa agremiação", afirma Leandro Jorge Sato, diretor da TUP, que conta com cerca de 16 mil sócios.
Mesma situação vive a Leões da Fabulosa. Segundo seu presidente, Delfim Marcelino, o quadro atual, de 3.000 sócios, deve crescer.
``A Portuguesa tem feito uma boa campanha e pelo menos dez sócios novos têm procurado a gente por semana", disse Marcelino.
Na Gaviões da Fiel, o número de inscrições por semana diminuiu um pouco. De acordo com seu presidente, Paulo Roberto Romano, o Jamelão, o número de novatos reduziu de 80 para 60 por semana.
Sobre a mudança do perfil do associado, Romano respondeu que ``a única diferença é que o garoto que está entrando agora tem medo que a torcida possa acabar".
Na Dragões da Real, do São Paulo, as inscrições não diminuíram após o conflito do Pacaembu.
``Continuamos com cinco a seis novos sócios por dia", afirmou Renato Rodrigues, presidente da uniformizada. ``A única mudança é que agora controlamos mais a entrada de menores na torcida. Exigimos a autorização dos pais."

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