São Paulo, sexta-feira, 6 de outubro de 1995 |
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Líderes negros cobram ação de O. J.
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O reverendo Jesse Jackson, ex-candidato à Presidência, criticou a participação de Simpson no programa ``Larry King Live", da CNN, em que ele atacou a promotoria de seu caso e jornalistas. ``Simpson tem que se tornar um fator de cura das divisões geradas pelo seu caso, não tentar julgá-lo de novo, fora da corte", disse. Anteontem, quando King entrevistava o advogado Johnnie Cochran, Simpson disse no ar: ``O que mais me provocou raiva foram as interpretações de promotores e de comentaristas de TV para os depoimentos das testemunhas". O presidente para o Estado da Califórnia do Congresso para a Igualdade Racial, Celes King, disse ontem: ``Está na hora desse cara entender que ele precisa começar a agir em defesa dos negros". Se não, alertou Celes King, ``ele vai provar que é o ingrato número um da América". Um colega de King no Congresso, James Mays, disse: ``Às vezes certas situações despertam as pessoas". Um total de 41 milhões de residências tinham seus aparelhos de TV ligados numa das emissoras que transmitiam do tribunal, em Los Angeles, na terça-feira às 10h (hora da Costa Oeste). Isso significa 91% de todos os aparelhos ligados e 42,9% de todas as TVs residenciais do país. Mas é impossível saber quantas pessoas assistiram ao veredicto do ex-jogador em seus locais de trabalho e nas ruas (em telões ou em lojas). A estimativa é de 100 milhões a 150 milhões de pessoas. A Ordem dos Advogados da Califórnia iniciou ontem investigação sobre o comportamento ético dos advogados que trabalharam no caso. Não foram divulgados nomes dos possíveis suspeitos de prática antiética. Um dos advogados de Simpson, Robert Kardashian, iniciou ontem conversas para vender por US$ 1 milhão fotos feitas na terça-feira, durante a festa de comemoração pelo veredicto, na casa do ex-réu. Próximo Texto: Advogado sugeriu confissão Índice |
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