São Paulo, sábado, 7 de outubro de 1995
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Novos fundos captam cerca de R$ 4,5 bilhões

DA REPORTAGEM LOCAL

O vice-presidente da Anbid (que reúne os bancos de investimento) e do Unibanco, Cesar Sizenando, estima que os novos fundos de investimento (chamados de FIFs) tenham captado desde o dia 2 aproximadamente R$ 4,5 bilhões.
No conjunto dos fundos, acredita, 55% dos recursos ficaram concentrados no FIF de curto prazo. O restante foi quase todo aplicado no FIF de 60 dias.
O objetivo do governo ao criar a nova estrutura foi alongar os prazos das aplicações. Ele será bem-sucedido, diz Sizenando, ``se o Plano Real continuar com esse pique."
Não há, até agora, números precisos sobre o comportamento da clientela. Os números da Anbid devem ficar prontos somente na próxima semana.
No Bradesco, maior banco privado do país, a concentração no curto prazo é maior do que a estimada por Sizenando.
Lá, 80% dos recursos aplicados ficaram no FIF de curto prazo, diz Roberto Parente -é o resultado da pressão do início do mês, que concentra pagamentos de salários, impostos e contas.
No BBA Creditanstalt, segundo Alexandre Zakia, ocorreu o oposto: 80% dos recursos ficaram concentrados no prazo de 60 dias.
Compulsórios
Cesar Sizenando e Alexandre Zakia arriscam uma explicação para o fato de o governo ter instituído compulsório (depósitos obrigatórios de parte dos recursos captados no Banco Central) nos novos fundos de curto prazo (40%) e de 30 dias (5%).
O governo estaria tentando fazer uma troca das antigas aplicações obrigatórias em títulos públicos e depósitos remunerados pelos novos compulsórios, que não têm qualquer remuneração.
Assim, se o tamanho dos fundos for equivalente, o custo da dívida será reduzido.

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