São Paulo, sábado, 7 de outubro de 1995 |
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Estado passa por `reengenharia'
ARTHUR PEREIRA FILHO
``Como não entramos na guerra fiscal, tivemos de apresentar um diferencial em outras áreas", explica Kapaz. ``Tratamos a empresa como um cliente. Decisões que levavam 15 dias para sair passaram a ser tomadas, em alguns casos, em poucas horas". A Volkswagen reivindicou do governo do Estado, por exemplo, a eliminação da burocracia fiscal durante o transporte das mercadorias. Como a fábrica vai trabalhar no sistema ``just-in-time", ou seja, quase sem estoques, não pode haver atraso na entrega de produtos e matérias-primas. Resultado: a Secretaria da Fazenda e a Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo) vão informatizar completamente o controle de pagamento de tributos da Volkswagen. ``Tudo será feito por computador, por meio de código de barras. Vamos eliminar completamente a papelada", conta Emerson Kapaz. Com isso, será muito mais rápida a liberação de caminhões e suas cargas. A reivindicação da Volkswagen vai beneficiar também as demais empresas. A partir do ano que vem, o Estado deverá informatizar completamente o sistema. ``O projeto de tributação eletrônica já está pronto", afirma Kapaz. A Volkswagen exigiu também a implantação de um sistema de comunicação direta e privada entre todas as suas fábricas no Estado e a matriz, na Alemanha. ``A Embratel e a Telesp trabalharam juntas no projeto, que emprega linhas de fibra ótica", afirma. São Paulo ofereceu ainda à montadora um ``terminal multimodal de distribuição", que será construído em Santo André, no ABC paulista. Vai interligar as fábricas da Volks às redes ferroviária e rodoviária e aos portos de Santos e da Cosipa. Kapaz diz que o Estado não ofereceu à Volks vantagens fiscais em relação a outras empresas instaladas em São Paulo. ``As prefeituras prometeram doação de terrenos e isenção, por dez anos, do pagamento do ISS (Imposto Sobre Serviços) e do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Isso é legal", afirma. (APF) Texto Anterior: Escolha exigiu 60 dias de negociação Próximo Texto: Preços sobem 0,29% em supermercados de SP Índice |
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