São Paulo, sábado, 7 de outubro de 1995
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Mesbla encerra sua reestruturação interna

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

Dois meses depois de ter concordata decretada, a Mesbla encerrou o processo de reestruturação interna que tinha por objetivo enxugar a empresa.
Foram demitidas no período 2.500 pessoas, de um total de 11 mil empregados. O quadro de executivos da Mesbla caiu de 40 para 7 pessoas.
Segundo a Folha apurou junto a um diretor da empresa, a decisão foi fazer o ``mal todo de uma vez". No momento, a estratégia é dizer aos empregados que as demissões acabaram e que o momento é de unir o time para que a Mesbla saia da atual situação.
A Mesbla chegou a ter 28 mil funcionários em 1989. A redução, no entanto, não representa diminuição de custos em igual proporção, pois muitos serviços foram terceirizados, com pouca ou nenhuma economia para a empresa.
A grande mudança na empresa se reflete na redução do número de executivos. Para conseguir esse resultado, a Mesbla mudou sua estrutura administrativa.
Deixou de ter uma holding e quatro empresas principais (loja de departamentos, automóveis, financeira e móveis). Tudo passou a integrar uma só empresa. Com isso, as estruturas que se sobrepunham foram eliminadas, reduzindo-se assim o número de executivos.
Agora, a Mesbla se divide em diretoria executiva, com dois diretores (Leonardo Brunet e João Sá), e em três grandes áreas: comercial, de operações e de finanças e controles.
A presidência está vaga desde que André de Botton, representante dos acionistas majoritários, deixou o comando da empresa com a concordata e viajou para a Europa.
A Mesbla deve pela concordata R$ 259 milhões, dos quais 40% têm de ser pagos em um ano (até agosto de 1996) e o restante no segundo ano. A empresa deve mais R$ 200 milhões em garantias.

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