São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995 |
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Desemprego cresce, mas economia mostra reação FHC diz ter `vontade de rir' quando se fala em recessão RUI NOGUEIRA
Foi essa mistura de economia aparentemente reagindo à perspectiva de recessão com os trabalhadores perdendo o emprego que dominou o cenário da semana que passou. A inflação de setembro medida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) foi de 0,74% -a menor taxa registrada desde dezembro de 1973. A queda de 0,27% nos preços dos alimentos foi um dos fatores que mais contribuíram para a baixa da inflação. Agora, a soma da inflação nos nove meses deste ano atinge 18,52%. Enquanto o governo festejava em Brasília a inflação em baixa, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) dava a má notícia aos trabalhadores: na terceira semana de setembro, 5.569 vagas foram fechadas na indústria paulista -ao todo, mais de 21 mil vagas evaporaram do mercado no mês passado. Para o presidente Fernando Henrique Cardoso, o desemprego não é sintoma de recessão. Parece ter tanta certeza disso que, no Rio, fez blague. Disse que tem ``vontade de rir" quando ouve alguém falar em recessão. O comércio paulista pelo menos parece reagir à contenção de crédito imposta pelo governo. As consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), que indicam o nível das vendas a prazo, registraram um aumento de 8,2% em setembro. No mês passado as consultas ao Telecheque, que mede o nível das vendas à vista, também cresceram, atingindo 9,49%. As vendas de veículos também podem melhorar com as medidas anunciadas na quinta-feira pelo BC. Com a permissão para que as prestações fiquem em, no mínimo, 50 meses e, no máximo, 60 meses, o governo espera que mais 22 mil novos carros, incluindo os modelos populares e os importados, sejam negociados. Texto Anterior: Maluf inaugura túnel sob parque Ibirapuera Próximo Texto: DROPES Índice |
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