São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995
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Bancos doaram 20% da campanha de FHC

FERNANDO RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Fernando Henrique Cardoso declarou que sua campanha no ano passado recebeu R$ 32,2 milhões em doações de empresas. Desse total, instituições financeiras deram 20,3%.
A Folha pesquisou nos registros do TSE e encontrou 66 doações oficiais de bancos e de outras empresas do setor financeiro.
No total, os bancos doaram R$ 6.562.570,27 para FHC. Foram 38 instituições que doaram.
Estão entre os doadores do setor financeiro 8 dos 10 maiores bancos comerciais do país listados no anuário Folha 300 Finanças, publicado em agosto.
O Bradesco, segundo maior banco brasileiro (só fica atrás do Banco do Brasil), foi o campeão das doações. Deu R$ 2.163.500 para a campanha de FHC.
Com o valor doado, o Bradesco se coloca como o responsável por 6,72% de tudo que FHC diz ter recebido de empresas para sua campanha. E 32,97% do que foi doado por instituições financeiras.
O Bradesco também é responsável pela maior doação individual de uma só vez. No dia 29 de setembro de 94, os registros do TSE mostram que o banco entregou R$ 900 mil para FHC -na época, cerca de US$ 1 milhão.
O segundo colocado entre os bancos foi o Nacional, com R$ 529,9 mil. Em seguida vem o banco Itaú, que doou R$ 507,3 mil.
O banco Econômico, que sofreu intervenção do Banco Central, dou R$ 149,5 mil para a campanha presidencial de FHC.
A maioria dos bancos fez suas doações em parcelas. Outra estratégia foi utilizar várias empresas para repassar o dinheiro.
O Bamerindus, do ministro da Agricultura, José Eduardo de Andrade Vieira, fez três doações, num total de R$ 276 mil. Cada vez o dinheiro saiu de uma empresa do grupo.

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