São Paulo, domingo, 8 de outubro de 1995
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Odebrecht muda de candidato na Bahia

Doações acompanham intenção de voto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As prestações de contas permitem que se faça uma comparação entre as doações feitas aos candidatos vencedores e aos perdedores. A análise mostra que, muitas vezes, as empresas são capazes de mudar de ``investimento".
Um exemplo ocorreu na disputa para governador da Bahia. O Grupo Odebrecht começou apostando no candidato Jutahy Magalhães Júnior (PSDB). Entre junho e setembro, o grupo doou R$ 348,72 mil a Jutahy. Mas o tucano não decolou.
Em 30 de setembro, três dias antes do primeiro turno, o candidato pefelista Paulo Souto recebeu, de uma só vez, R$ 500 mil da Odebrecht. Passou para o segundo turno, quando concorreu com João Durval (PMN), e recebeu mais R$ 300 mil do grupo.
Em Rondônia, duas únicas empresas, as construtoras Andrade Gutierrez e Convap, doaram 55% do total arrecadado na campanha do governador eleito, Valdir Raupp (PMDB). É o maior índice registrado entre os 13 Estados pesquisados pela Folha.
Em um único dia, 27 de outubro do ano passado, a Andrade Gutierrez deu uma contribuição no valor de R$ 500 mil a Raupp. A Convap também fez uma única doação -R$ 400 mil.
A Folha entrou em contato com a assessoria de imprensa do governador Raupp na quinta-feira. Não houve retorno.

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