São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 1995
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Andréia já pode ir para casa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A diplomata Andréia Rigueira David disse ontem em depoimento à Polícia Federal que ``não tem a mínima idéia" de quem possa ter enviado o livro-bomba no dia 3 de outubro.
Ela falou ao delegado Mário Nakasa entre 11h20 e 12h50 em uma suíte presidencial do Hospital de Base de Brasília, onde está internada. O advogado Léo Sebastião David, seu marido, assistiu ao depoimento.
Andréia já teve alta médica e passou por um exame oftalmológico à tarde, depois do depoimento. De acordo com o diretor do hospital, Elias Miziara, Andréia já pode ir para casa.
Seu marido, porém, prefere que ela fique mais alguns dias no hospital. Andréia está em uma das três suítes da ala presidencial, anexas a duas salas de estar, no terceiro andar. Ali ficou o presidente eleito Tancredo Neves, em 1985.

Retrato falado
A Polícia Federal vai tentar montar o retrato falado do suposto mensageiro responsável pela entrega do livro-bomba.
Um perito de São Paulo deverá ir a Brasília para desenhar o retrato com base nas informações da funcionária Rosa Rodrigues, da Divisão de Assuntos Previdenciários e Sociais.
Rosa foi quem entregou o envelope a Andréia. A dificuldade é que ela não se recorda com precisão o rosto da pessoa que lhe entregou o envelope. O Itamaraty encaminhou à PF a lista das pessoas que visitaram o prédio nos dias 2 e 3.
A PF decidiu que só revelará nomes de suspeitos se tiver forte indícios da autoria do atentado e disse que Mirândola continua sendo um suspeito.

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