São Paulo, sábado, 14 de outubro de 1995
Próximo Texto | Índice

De todos os lados; Em casa; Suando frio; Superestimado; Pijama; Engenheiro de obra feita; Ralo; Sinais externos; Escolhendo os aliados; Dando uma olhada

DE TODOS OS LADOS

Às voltas com dificuldades na reforma administrativa, o governo tem um consolo: o tema também racha o PT. E a situação vai esquentar. A direção nacional e a bancada fazem reuniões de emergência na próxima semana.

Em casa
Marcelo Déda (PT) critica Cristovam Buarque (DF), também petista, pela defesa do fim da estabilidade. ``Ele mesmo diz que tem 10 mil funcionários sem concurso, contratados no governo anterior. Tem aí o caminho da reforma".

Suando frio
É compreensível a crise no PT na discussão sobre a estabilidade na reforma administrativa: o partido tem como um de seus sustentáculos o funcionalismo público. Não quer confrontá-lo.

Superestimado
Consolida-se no governo a opinião de que o Planalto foi ingênuo ao priorizar, como tática para aprovar a reforma administrativa, o apoio dos governadores. Enrascado, vê, agora, que a influência deles é menor do que a esperada.

Pijama
O governo usa números do Orçamento de 96 para defender a necessidade da reforma administrativa. Diz que, pela primeira vez nos ministérios militares, os recursos para pagar inativos vão superar os necessários para os ativos.

Engenheiro de obra feita
Ao examinar as emendas a seu pedido de crédito suplementar enviado ao Congresso, o governo notou que deputados apresentaram propostas que já constam do Orçamento de 96. Ou seja: vão faturar politicamente obras que seriam feitas de qualquer jeito.

Ralo
José Aníbal (PSDB) diz que 2/3 dos recursos do Tesouro em 96 irão para ministérios sociais (Previdência, Saúde, Educação e Trabalho). ``Mas o resultado para o cidadão é escasso. A reforma administrativa é central por isso".

Sinais externos
Paulo Renato está em alta no ministério. FHC lhe pediu que ajudasse a elaborar seu pronunciamento na Cúpula Ibero-americana e incluiu o ministro na comitiva presidencial que vai à Argentina.

Escolhendo os aliados
A orientação sobre alianças eleitorais em 96 vai dar pano para manga no PT. O Diretório Nacional vai discutir a questão no dia 28 e há propostas que vão desde restringir ao máximo as coligações até a liberação quase total.

Dando uma olhada
Itamar Franco vai a Washington no dia 9 de novembro. Oficialmente, para uma palestra na Universidade George Washington. Mas poderá aproveitar para cuidar da possível mudança para lá.

Próximo Texto: De longa data; Passaporte para o poder; Mexendo os pauzinhos; ``Out of date"; Clube da Luluzinha; Emendando; Custo São Paulo; TIROTEIO
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.