São Paulo, sábado, 14 de outubro de 1995 |
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Bovespa sobe com negócios de R$ 196,9 mi
LUIZ ANTONIO CINTRA
O que explica o bom volume negociado é o vencimento no mercado de opções, marcado para segunda-feira. O Banco Central realizou ontem leilão de compra de dólar para evitar que as cotações caíssem abaixo de R$ 0,958, nível inferior da minibanda de variação. O leilão de compra do BC pagou o valor do piso e teve o objetivo de evitar a valorização do real frente à moeda norte-americana. O mercado de câmbio tem sido pressionado pelas fortes entradas de dólar, que tendem a jogar a cotação para baixo. Desde o início do mês, já entrou US$ 1,25 bilhão (somadas as transações comerciais e as financeiras). Na avaliação de Demósthenes Madureira de Pinho Neto, economista-chefe do Unibanco, a política de câmbio do BC deve continuar sendo a de não deixar que o real se valorize ainda mais. Para o economista, o real atualmente está valorizado em cerca de 11% em relação ao dólar. ``Se for levada em conta a taxa de câmbio média de 94, dá para dizer que o real está ainda mais valorizado, mas não é o caso." Pinho Neto avalia que, em 94, o câmbio estava desvalorizado com relação ao que se poderia chamar de câmbio de equilíbrio. ``Atualmente, o câmbio está um pouco valorizado com relação a esse possível equilíbrio", afirma. Para ele, o nível de equilíbrio seria uma média do câmbio real de 94 e do câmbio real deste ano, deflacionados pelo IPA (Índice de Preços no Atacado) industrial. Com o leilão do BC, o dólar fechou cotado a R$ 0,958 para compra e R$ 0,9581 para venda. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,058%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,31% para 20 dias úteis, significando rendimento de 3,07% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,27% para 20 dias úteis, o que significou rentabilidade de 3,04% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 2,3105%. CDBs prefixados de 31 dias negociados ontem: entre 22% e 39% ao ano. CDBs pós-fixados para 123 dias: entre 16% e 17% ao ano, mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,79% ao mês, projetando custo de 4,07%. Para 31 dias (capital de giro): entre 40,5% e 92% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,75% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 0,28%, fechando com 45.136 pontos e volume financeiro de R$ 196,9 milhões. Rio: valorização de 0,2%, encerrando a 20.133 pontos e movimentando R$ 37 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com 4.793,78 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.628,6 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 17.880,83 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,958 (compra) e R$ 0,9581 (venda). Segundo o Banco Central, na quarta-feira o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,9575 (compra) e por R$ 0,9585 (venda). ``Black": R$ 0,948 (compra) e R$ 0,953 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,953 (compra) e R$ 0,955 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,930 (compra) e R$ 0,963 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: Baixa de 0,34%, fechando a R$ 11,73 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 11 foi positivo em US$ 761,2 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 493,59 milhões. O saldo total está positivo em US$ 1,254 bilhão. No exterior Segundo a UPI, ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5724 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4270 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,10 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para outubro fechou a 3,04% ao mês; para novembro, a 2,90% ao mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 45.300 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para outubro fechou a R$ 0,963 e a R$ 0,971 para novembro. Texto Anterior: Copesul quer comprar estatais argentinas Próximo Texto: Preços voltam a cair nos supermercados Índice |
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