São Paulo, sábado, 14 de outubro de 1995 |
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Giovanni reclama de salário no Santos Atacante quer R$ 40 mil por mês MARCUS FERNANDES
O contrato do jogador termina no final deste ano. ``A vida de jogador é curta. Temos que fazer o melhor negócio, ir para onde der mais lucro. Vou fazer a minha proposta. Caso não aceitem, o melhor é vender o meu passe", disse. Artilheiro do time no último Campeonato Paulista e no atual Campeonato Brasileiro, Giovanni diz que para ficar na Vila Belmiro a diretoria terá que fixar seu salário em um valor superior a R$ 40 mil mensais. ``Eu tiro uma média pelo que ganham Sávio, Edmundo e Rivaldo, na faixa de R$ 30 mil a R$ 40 mil por mês. Temos que começar por aí. Este ano estou ganhando pouco, menos de R$ 10 mil", disse o atacante. Giovanni descarta a possibilidade de ser negociado para um clube do exterior. Ele teme deixar o país e ficar ``esquecido", comprometendo convocações futuras para a seleção. O atacante se disse ``magoado" com as críticas feitas há cerca de um mês por Pelé. O ministro Extraordinário dos Esportes afirmou que Giovanni estava jogando de forma individualista e sem humildade. ``É claro que fiquei magoado. Mas sei que ele não falou aquilo por mal. Ele ligou para o Edinho (goleiro do Santos e filho de Pelé) e disse que gosta de mim, que quer ver o meu bem aqui no Santos ou em qualquer outro time." O diretor de futebol do Santos, José Paulo Fernandes, negou que o clube tenha recebido alguma proposta ``concreta" para venda de Giovanni. ``Por enquanto só ocorreram sondagens", afirmou Fernandes. ``Tenho que pensar no meu futuro. Ao término do meu contrato farei minha proposta. Espero que o Santos aceite. Mas não posso pensar só no Santos. Tenho que pensar no clube e em mim também", afirmou Giovanni. Sobre o jogo de anteontem contra o Bragantino, Giovanni disse ter pedido ao técnico Cabralzinho para atuar os 90 minutos. No dia anterior, ele havia jogado pela seleção no amistoso contra o Uruguai, na Bahia. ``Eu pedi ao técnico para atuar o jogo inteiro. Infelizmente a equipe não rendeu tudo o que sabe. Foi um empate com gosto de derrota, mas o Santos vai dar a volta por cima", declarou. Vaias O técnico do Santos, Cabralzinho, classificou o empate de 4 a 4, anteontem, contra o Bragantino, na Vila Belmiro, como ``inadmissível" e ``inacreditável". A equipe chegou a estar vencendo por 4 a 2. A defesa santista, com 22 gols sofridos, é a pior do campeonato. Cabralzinho deixou o campo, ao final do jogo, novamente vaiado pela torcida. Ele saiu da Vila escoltado pela Polícia Militar. Texto Anterior: Sem acordo, Palmeiras vai pagar `bichos' a partir de 2ª Próximo Texto: Fluminense estréia no 2º turno em Maringá Índice |
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