São Paulo, sábado, 14 de outubro de 1995
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São Paulo escala quem consegue correr

MATINAS SUZUKI JR.
EDITOR-EXECUTIVO

Meus amigos, meus inimigos, o Telê Santana pode ficar mil anos no São Paulo, mas, se o calendário continuar assim, nem que ele fosse o próprio Deus da bola.
Não dá nem sequer para tentar se falar de futebol, quando este time enfrenta condições sub-humanas para o esporte.
Hoje, contra o Guarani, joga quem der conta de correr. E já está muito bom.

Diante dos improvisos, a vitória sobre a Lusa foi um ótimo resultado para o Corinthians. Mas o lucro maior foi a possibilidade de o Júlio César vir a instalar o seu império romano no meio-campo.

O maior inimigo do ataque do Santos não é a defesa adversária. É a sua própria retaguarda. Que o Narciso seja bem-vindo, amanhã, contra o Juventude.

Jundiaí vê o Palmeiras contra o perigoso Goiás, do Sandoval e do Magrão.
Atenção para os uniformes: se um time usar calção branco, o outro deverá usar calção verde. O mesmo procedimento vale para o par de meias.
As cores predominantes nos dois times são o verde e o branco. Se não se diferenciar todo o uniforme (e não só as camisas) de Palmeira e de Goiás, fica aquela confusão visual que atrapalha os jogadores, o público e a transmissão pela TV.

O Campeonato Italiano terá, amanhã, o seu clássico dos clássicos. O Milan, com toda a pinta de que vai virar supertime outra vez, contra a atual campeã Juve.

O clássico italiano não terá a sua maior atração: o zen milanista Robby Baggio, machucado, não enfrentará seu ex-clube de sempre, a Juventus.

Os sul-americanos conseguem uma vitória, a ser ratificada pelo Comitê da Copa de 98, e modificam o sistema das eliminatórias para o Mundial da França.
Com exceção do Brasil, já classificado, todos as seleções do continente jogarão entre si, em sistema de ida e volta, classificando as quatro primeiras.
Não tenho ainda elementos suficientes para um julgamento mais profundo da proposta, mas, me parece que, em princípio, saem perdendo as seleções de mais tradição, como Argentina e Uruguai, porque seriam naturais cabeças-de-chave.

Por outro lado, a proposta parece boa em um aspecto: haveria uma unificação do calendário internacional do futebol.
A ver. A discutir.

Ontem, último dia de prazo para as inscrições, a Fifa computou 169 países candidatos a disputarem a Copa de 98.
É um número recorde. O futebol é o esporte da era da globalização.

Para esta coluna, ele sempre foi o Pequeno Grande Jr.
Para o jornal britânico ``The Independent", ele é o Little Jr.
Alô, alô, imprensa da terra do futebol moderno, fica combinado que ele será, daqui para frente, o Big Little Jr. Ok?

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