São Paulo, domingo, 15 de outubro de 1995
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Pólo gás-químico concentra investimento

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

O pólo gás-químico de Duque de Caxias é a ``menina dos olhos" do governo do Estado do Rio de Janeiro para o desenvolvimento da Baixada Fluminense.
Sua instalação vai concentrar a maioria do R$ 1,005 bilhão a ser investido pela indústria na região até 1999. Entretanto, não vai gerar empregos em igual proporção.
O pólo vai exigir investimentos de US$ 800 milhões da Petrobrás e de seus parceiros privados e, em contrapartida, vai abrir aproximadamente 600 vagas, a maior parte delas para trabalhadores especializados.
``A indústria petroquímica não é intensiva em mão-de-obra", afirma Hélio Meirelles, da PetroRio (Petroquímica do Rio de Janeiro S/A).
Ele acredita que o contingente de trabalhadores da Baixada Fluminense só se favorecerá do pólo em um segundo momento, quando as pequenas e médias indústrias de transformação se instalarem em volta da Refinaria Duque de Caxias (Reduc).
O governo deve definir políticas de incentivo para a instalação de indústrias de transformação de plástico e para a ampliação das já existentes, diz Meirelles.
O projeto do pólo gás-químico é uma associação da Petrobrás (com participação de 30%) com o grupo Suzano, Unipar e Mariani (Banco da Bahia). Consiste na construção, dentro da Reduc, de uma unidade capaz de produzir 300 mil toneladas por ano de eteno.
Dessas 300 mil toneladas, 200 mil são transformadas em polietileno, matéria-prima que interessa aos grupos envolvidos para a fabricação de embalagens.

Odebrecht
A partir desse projeto, surgiu um outro. A Odebrecht fará no Rio sua unidade de ácidos acrílicos e acrilato (utilizado em tintas) para aproveitar 50 mil toneladas de propeno, subproduto do eteno.
A grande maioria dos investimentos industriais é para Duque de Caxias. O município de Queimados tem a expansão da fábrica da Kaiser e Belford Roxo, a ampliação da Bayer.
Outras 16 indústrias prevêem investimentos na região até o ano de 1999, segundo dados da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).
Entre elas estão a Ipiranga, Rio Gás, Olvebra, Itapemirim e Philippe Martin.
(FPN)

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