São Paulo, domingo, 15 de outubro de 1995
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Apartamentos são vendidos a domicílio

SELMA DE SOUZA
FREE LANCE PARA A FOLHA

Além de pizzas, comida chinesa e sanduíches, agora o consumidor já pode comprar um imóvel sem sair de casa. Isso se tiver muito, mas muito dinheiro mesmo.
Motivadas pelo bom desempenho do mercado de alto padrão, algumas imobiliárias investem na venda de imóveis em domicílio para diferenciar o seu atendimento.
É o caso da Fernandez Mera, por exemplo, que está vendendo o edifício Imperiale Uffizi diretamente na casa dos interessados.
O endereço do empreendimento não é divulgado nos anúncios do edifício veiculados na mídia. Não faz muita diferença. Segundo os corretores, poucos interessados se dispõem a visitar o local das obras.
Jamil Abdo Arrage Jr., diretor de vendas da Fernandez Mera, explica que os corretores levam maquetes do empreendimento na casa do interessado para mostrar como ele ficará depois de pronto.
O principal objetivo, segundo Arrage Jr., é garantir o sigilo dos compradores.
Em três semanas, foram vendidos seis dos oito apartamentos do Imperiale Uffizi. Cada unidade tem 800 m2 de área útil e custa R$ 1,6 milhão.
O mesmo sistema está sendo utilizado pela Fernandez Mera para as vendas do edifício Pine Wood, cujos apartamentos também custam R$ 1,6 milhão.
O empresário A.C.C., 41 (que preferiu não ser identificado), adquiriu um apartamento por meio do atendimento domiciliar. Ele diz ter gostado da experiência. ``É fundamental a modernização do mercado imobiliário", diz.
Outra maneira de sofisticar o atendimento é investir na informatização das vendas. Só nos últimos dois anos, a construtora Gafisa, por exemplo, aplicou aproximadamente R$ 2,5 milhões nesse setor.
Os programas racionalizam as planilhas de controle, realizando um monitoramento ``on line" das obras em andamento.
(SS)

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