São Paulo, domingo, 15 de outubro de 1995
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

Partido alto
Doutor em letras e música, José Miguel Wisnik não larga os teclados. Ou está no computador escrevendo livros e canções ou tirando um som de seu piano -isso quando não carrega giz e apagador pelas salas da USP, onde ensina literatura brasileira. Já fez parceria com José Celso Martinez Corrêa, agora espera a estréia de ``Terra Estrangeira" -longa-metragem de Walter Salles Jr. e Daniela Thomas, que tem trilha sonora de sua autoria. Santista da era Pelé, ainda exerce seu côté pai-participante em partidas de futebol society com o filho, Guilherme. Pausa, maestro!
*
Quem dá o tom?
Quem começa e quem termina.
Com quem você se afina?
Com quem sabe fazer silêncio.
Quem desafinou?
É melhor do que quem nunca desafinou.
No peito dos desafinados também bate um coração?
Bate sincopado.
Ópera ou modinha?
Ópera de carnaval.
Que música você canta no chuveiro?
Noel Rosa -só que na escada de casa, onde tem o melhor eco.
Quem você põe no máximo?
Caetano Veloso.
Mário de Andrade ou Oswald de Andrade?
Oswald de Andrade.
Um clássico:
João Gilberto.
Um moderno:
João Gilberto.
Quem está na boca do inferno?
Tantos de nós.
Quem dança o samba do crioulo doido?
Crioulo é que não é.
O que deve ser feito a toque de caixa?
Nada.
Quem merece uma cantada?
Toda beleza de pessoa.

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