São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 1995
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Palmeiras adia partida e jogadores gostam

MÁRIO MOREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As más condições do gramado do estádio Jaime Cintra, em Jundiaí, devido às chuvas, levaram o Palmeiras e o Goiás a adiar, de comum acordo, a partida que seria realizada ontem no local pelo segundo turno do Brasileiro.
A decisão foi tomada por volta do meio-dia, segundo Alberto Strufaldi, diretor de futebol do Palmeiras.
O jogo ainda não tem nova data para ser realizado. O mais provável é que ocorra no próximo dia 25, no Parque Antarctica.
O Palmeiras, que tem o mando do campo, transferira a partida para Jundiaí (60 km a noroeste de São Paulo), na esperança de que a renda fosse maior.
Na sexta-feira, o atacante Muller já revelara preocupação com o estado do campo, que, segundo o auxiliar técnico Márcio Araújo, não era bom.
O adiamento da partida alegrou os jogadores palmeirenses, que treinaram no sábado no local.
``A notícia veio em boa hora. O campo está muito ruim e, mesmo seco, não tem condições de jogo, porque está cheio de buracos. Isso é uma arma para o adversário. Seria o jogo mais difícil do campeonato para nós", disse o meia-atacante Rivaldo.
``O campo não permitiria que jogássemos um bom futebol", afirmou o meia-atacante Edílson.
Além do mau estado do gramado, o meia Cafu lembrou a necessidade de descansar.
Ele havia atuado na quarta-feira, pela seleção brasileira, e na quinta, pelo Palmeiras, contra o Vasco. ``Agora, tenho mais tempo para me recuperar."
O técnico Carlos Alberto Silva também comemorou o adiamento. ``Tanto o Palmeiras quanto o Goiás são equipes de toque de bola e merecem um gramado em boas condições."
Silva disse já ter conversado com a diretoria do clube sobre sua preferência em realizar no Parque Antarctica os jogos de que o Palmeiras tenha o mando.
``Precisamos fazer pontos e, no nosso estádio, temos o apoio da torcida e o melhor gramado do Brasil", afirmou.
Os jogadores também disseram preferir o Parque Antarctica.
``Sei que o pensamento do clube é ter rendas boas no interior, mas é melhor jogar em casa, com a pressão da nossa torcida", afirmou Edílson.
``Time que quer ser campeão não pode pensar só em renda", disse Rivaldo. ``Em casa, temos mais chance de vencer. Fora, vira campo neutro. Não adianta colocar 50 mil pessoas num estádio fora de São Paulo e a gente perder."
Os jogadores não pretendem, porém, pedir à diretoria que desista de transferir partidas do Palmeiras da capital para o interior.
``A gente tem que acatar o que os dirigentes decidirem. Se o campo for bom, não tem problema", afirmou Edílson.
O Palmeiras planeja transferir sua partida contra o Fluminense, no próximo dia 28, para Franca (401 km ao norte de São Paulo).

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