São Paulo, segunda-feira, 16 de outubro de 1995 |
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Acordos bilaterais ofuscam o tema central
DENISE CHRISPIM MARIN
As atenções se voltam mais para outros temas, como a criação de um acordo de cooperação entre os governos da Argentina, Brasil e Paraguai e para o controle das atividades terroristas em Ciudad del Este, na fronteira. A conferência começa hoje com a presença de 19 chefes de Estado e de governo de países da América Latina e mais Portugal e Espanha. O encerramento ocorre amanhã, com a assinatura de um documento que deverá incluir 13 propostas de cooperação e fixar metas de investimentos na área de educação. A pouca importância para o tema central se reflete na rápida passagem de Federico Mayor Zaragoza, diretor-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação e Cultura). Ele deverá permanecer apenas 12 horas na cidade e participar do encontro com apenas um discurso de quatro minutos. Outras questões relevantes se relacionam ao Mercosul. Espera-se a criação de uma zona de livre comércio entre o Chile e o bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Também está prevista a retomada das discussões sobre o estreitamento de relações comerciais entre o Mercosul e a União Européia. A Argentina deverá ainda travar conversas com a delegação chilena para abrandar a reação do país vizinho ante à recente perda da região de Laguna del Desierto, na fronteira sul entre esses países. Uma das expectativas da conferência -a negociação entre Peru e Equador sobre questões de fronteira- acabou frustrada. Os dois países enfrentaram conflitos fronteiriços no início do ano. Pressionado pela instabilidade interna em seu país, o presidente do Equador, Sixto Durán-Ballén, desistiu de comparecer. (DCM) Texto Anterior: Países pedem fim do embargo a Cuba Próximo Texto: Sérvios e muçulmanos violam o cessar-fogo no noroeste da Bósnia Índice |
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