São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995
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5,8 % das famílias são invasoras em Campinas

DA FOLHA SUDESTE

Dados da Pesquisa de Condições de Vida no Município de Campinas (a 99 km de SP) , divulgados ontem pela Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), apontam que 5,8% das famílias invadiram os locais onde moram.
A pesquisa foi feita entre maio e outubro de 1994 com 2.000 das 246 mil famílias da cidade. Foram levados em conta a moradia, o emprego, o nível de instrução e a renda das famílias.
Os moradores foram divididos, de acordo com esses fatores, em cinco grupos (A, B, C, D e miseráveis).
Cada família, segundo a pesquisa da Seade, tem em média 3,6 pessoas. A população da cidade seria estimada em 885.600 pessoas. Pelo censo de 1991, a população é de 846.238.
Com isso, o número de famílias que invadiram os locais onde residem chega a 14.268 (51.365 pessoas).
Segundo Olavo Viana Costa, 37, sociólogo da Seade, o mais preocupante no número de invasores é que ele foi conseguido com declarações espontâneas.
O sociólogo da Seade disse que os números de famílias "invasoras" nas cidade pode ser ainda maior, pois, os que não declararam que invadiram devem estar incluídos nas outras áreas.

Política habitacional
"Isso tudo é falta de uma política habitacional dos governos federal e estadual. Os governos municipais não estão preparados para ter, a curto prazo, uma política habitacional", disse Costa.
O Secretário de Planejamento e Meio Ambiente de Campinas, Ulisses Cidade Semeghine, 47, disse que o número de invasores é igual ao número de moradores em residências em condições precárias, que é de 6%, segundo a pesquisa.

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