São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Clinton faz críticas ao organizador do ato
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Ele afirmou que ``1 milhão de pessoas estão certas em se levantar em nome de sua responsabilidade pessoal. Mas 1 milhão de pessoas não tornam certa a mensagem de rancor e divisionismo de um homem". Clinton resolveu usar uma cerimônia em sua homenagem na Universidade do Texas em Austin (sudoeste) para fazer um discurso sobre as relações raciais nos EUA. Ele se referiu várias vezes à marcha que ocorria em Washington, sempre com o mesmo mote: ``Nenhuma casa boa é construída sobre uma base ruim. Nada de bom provém do ódio". O nome de Martin Luther King Jr., o líder negro do movimento pelos direitos civis assassinado em 1968, foi mencionado várias vezes por Clinton como exemplo a ser seguido agora nos EUA. Clinton disse que ``nas últimas semanas todos nós nos demos conta de uma simples verdade: americanos brancos e americanos negros vêem o mesmo mundo de formas drasticamente diferentes". ``Essa fratura que nós vemos diante de nós, que está se abrindo no coração do país, existe, apesar do notável progresso que os negros americanos obtiveram na mais recente geração", afirmou. ``Hoje, nós enfrentamos uma escolha. Um caminho leva a ainda mais separação e amargura. Outro caminho, o da coragem e da sabedoria, leva à unidade, à reconciliação", disse. Horas mais tarde, durante seu discurso em Washington, Farrakhan disse que gostaria de ``respeitosamente" sugerir a Clinton que o presidente ainda não ``foi fundo o suficiente" na questão dos negros nos EUA para poder apresentar soluções para seus problemas. (CELS) Texto Anterior: Farrakhan tem disco gravado Próximo Texto: Saddam obtém 99,96% de aprovação Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |