São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995
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Deputado foi o mais destacado dos lacerdistas

DO BANCO DE DADOS

A carreira política de Amaral Netto se confunde com a de Carlos Lacerda, a mais importante liderança conservadora, ou de direita -como definia o próprio Amaral Netto-, já surgida na política brasileira.
Em 1949, fundou, junto com Lacerda, o jornal "Tribuna da Imprensa". A partir de então, Amaral Netto se transformaria num dos mais competentes lacerdistas.
Em agosto de 53, funda e ocupa a primeira presidência do Clube da Lanterna, organização civil criada com o objetivo de concentrar esforços para a campanha de 1954.
Lacerda e Amaral queriam eleger deputados e governadores em 11 Estados onde as eleições ocorreriam. O órgão oficial do clube era a revista "O Maquis", fundada e dirigida por Amaral Netto.
Foi eleito pela primeira vez deputado federal pela UDN, em 1962, com a segunda maior votação, sendo superado apenas por um de seus maiores desafetos, Leonel Brizola, do antigo PTB.
Foi acusado, em 63, de ser um dos beneficiários do Ibad (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), órgão então acusado de receber verbas do exterior para financiar campanhas de políticos locais que conspiravam contra o governo constitucional.
Em 65, ao ser preterido na sucessão estadual, rompe com o então governador Carlos Lacerda, deixa a UDN e se lança candidato pelo PL. Foi derrotado.
Na década de 70, Amaral Netto tornou-se produtor, diretor e apresentador do programa de TV "Amaral Neto, O Repórter", transmitido pela Rede Globo.
O programa mostrava as grandes obras do governo militar e as riquezas naturais do Brasil.
Ficou 16 anos no ar. Circulava entre pororocas, obras da Transamazônica, de Itaipu e a reserva indígena de Xingu. Voltou à carreira política, que seguira ininterrupta de 63 a 79. Foi eleito pelo PDS deputado em 82 e repetiu o feito em 86, 90 e 94.

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