São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995
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Deputados aprovam moção

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou ontem uma moção (manifesto) de solidariedade aos parlamentares que se sentiram ofendidos pelas declarações do ministro Luiz Carlos Bresser Pereira (Administração), feitas anteontem no programa Jô Soares Onze e Meia.
A moção, do deputado Milton Temer (PT-RJ), foi aprovada com apenas cinco votos contra e uma abstenção. Quem se absteve foi José Luiz Clerot (PMDB-PB), um dos nomes citados por Bresser.
Almino Afonso (PSDB-SP), Ayrton Xerez (PSDB-RJ), Maurício Najar (PFL-SP), Vicente Arruda (PSDB-CE) e Vilmar Rocha (PFL-GO) votaram contra.
Clerot não aceita o fim da estabilidade dos funcionários públicos federais. "Eu não tenho nada contra ele (Bresser), mas não sou eu o autor do Plano Bresser, que até hoje dá dor de cabeça ao Supremo Tribunal Federal".
Ao saber que Bresser enviaria uma carta-resposta para a CCJ hoje, Temer não escondeu sua satisfação. "É isso mesmo que nós queríamos. Se ele acha que ser chamado de clientelista não é ofensa, pelo amor de deus, o que ele vai falar depois?", disse.
Temer escreveu que os parlamentares atacados por Bresser se manifestaram publicamente contra a proposta de emenda constitucional para a reforma administrativa.
Informado sobre a polêmica criada no Congresso por sua entrevista, Bresser enviou ontem no final da tarde uma carta para os 51 deputados da CCJ para atenuar a repercussão de sua entrevista.

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