São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995 |
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'Eclipse' vê sexo sem alegria
FERNANDA SCALZO
O filme trata da solidão de dez pessoas nos dias que antecederam o eclipse total do Sol, no ano passado, visto de Toronto. Elas transam umas com as outras e, na grande maioria das vezes, alguém chora depois do sexo. Sinal dos tempos. Chora porque não sabe o que está fazendo ali, chora porque seu sonho era outro. Tudo começa com um homem que transa com um gigolô. Transa também com sua empregada. Ela, com seu colega de aula de inglês. Ele, com uma conhecida casada que também transa com seu marido. Este, com um efebo que transa com um artista e por aí vai. O filme é essa sucessão de relações que sempre deixam a desejar, segundo a carência de cada um. "Eclipse" oscila entre a poesia e a militância sobre os perigos da Aids. As cenas de sexo e choro são entremeadas por imagens do eclipse e declarações sobre o fenômeno que acontece no céu. Enquanto aqui na Terra... Texto Anterior: 'Mão do Desejo' toca em assuntos bem delicados Próximo Texto: Mainardi representa o Brasil Índice |
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