São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995 |
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Vazamento de óleo polui 5 km de praias no RN
PAULO FRANCISCO
O vazamento poluiu 5 km de faixa de areia, entre as praias da Redinha e Santa Rita, que estão nos roteiros turísticos dos passeios de bugue pelo litoral norte. Segundo o superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) no Estado, Francisco Pandolfi, esse foi o maior desastre ecológico ocorrido no Rio Grande do Norte. Ontem, equipes da Marinha, Ibama e da Petrobrás vistoriaram o navio para encontrar um meio de estancar o derramamento do óleo. A Capitania dos Portos do Estado abriu inquérito para apurar as causas do acidente. Segundo o comandante da Capitania, capitão Jorge Luiz, a embarcação tem dois tanques de 300 toneladas cada de óleo, que apresentam buracos e estão vazando. Equipes da Petrobrás deveriam colocar ontem barreiras infláveis ao redor do navio para evitar a dispersão do óleo e o seu avanço para as praias. O capitão Jorge Luiz disse ontem que a empresa armadora do navio, Canopus Shiping, da Grécia, será notificada. Segundo ele, de acordo com a lei 5.357, de proteção ambiental marinha, os responsáveis pela poluição do mar serão multados em R$ 200 mil. O superintendente do Ibama disse que o órgão ainda estava ontem analisando as leis para enquadrar os responsáveis. Pandolfi informou que a multa poderá chegar a R$ 1.000 por dia, até que o problema seja solucionado. O Ibama estava ontem providenciando a ida de técnicos de São Paulo e Brasília para estudar um tipo de produto químico a ser empregado na retirada do óleo. Várias tartarugas da espécie conhecida por "pente" foram encontradas mortas na areia das praias de Santa Rita e Redinha. Os hotéis Atlântico Norte e Redinha Praia foram os mais prejudicados. Os dois estão junto ao mar e os hóspedes não podem tomar banho. Texto Anterior: Incêndio mata avó e neto em São Paulo Próximo Texto: FHC confunde "cumbre" com rumba Índice |
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