São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 1995 |
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Poupança perde R$ 264 mi
GABRIEL J. DE CARVALHO
Apesar de a captação líquida ser negativa (depósitos de R$ 5.689.872 mil e saques de R$ 5.953.679 mil no período), a perda é menor que a esperada pelo mercado financeiro. Em outubro, o redutor aplicado no cálculo da TR (indexador da poupança) subiu de 1,2% para 1,3% e foram lançados os FIFs (Fundos de Investimento Financeiro), o que poderia desestimular bastante as aplicações em poupança. Fábio Nogueira, diretor de crédito imobiliário e poupança do Banco de Boston, conclui, entretanto, que as diferenças de rentabilidade não estão influenciando de forma decisiva a escolha dos investidores. Tanto é assim, diz ele, que o dinheiro novo, que entrou no bolso do investidor em outubro, foi mais dirigido aos FIFs de curto prazo, que rendem bem menos devido ao compulsório não-remunerado de 40%. Em relação ao saldo total da poupança no dia 10 (R$ 58,7 bilhões, sendo R$ 11,68 bilhões na rural), a captação líquida negativa de R$ 263,8 milhões representa 0,45%. Em setembro, quando houve forte migração para os fundos de commodities -depois convertidos em FIFs de 60 dias, mantendo porém as regras antigas para saques-, a poupança perdeu R$ 1,4 bilhão, ou seja, 2,4% de captação negativa. O Banco Central ainda não tem dados consolidados sobre os FIFs, mas tudo indica que está havendo, em outubro, mais depósitos do que saques -sem contar as conversões de fundos antigos para novos. O patrimônio líquido dos FIFs em 2 de outubro era de R$ 39,9 bilhões. No dia 10, estava em R$ 42,8 bilhões, um avanço de R$ 2,9 bilhões (+7,27%). Texto Anterior: Cartões faturam 15% menos em setembro Próximo Texto: Cingapura acusa diretoria do Barings Índice |
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