São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995
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'Carrie' traz horror no sangue

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

"Carrie, a Estranha" (Telecine, 21h) traz o terror em seu esplendor. Não o terror de monstros, máscaras e maquiagens.
O filme de Brian de Palma (1976) fala da adolescência, da exclusão, da perversidade, da fé transformada em fanatismo e instrumento de opressão. Fala sem meias palavras, ao tomar o sangue (o da menstruação, mas também o da vingança) como seu suporte.
Não é um filme para assustar. É uma reflexão sobre a dor e a dificuldade de existir, num trabalho realizado com talento explosivo.
O Os assinantes do Telecine podem, no mais, despertar com a TV ligada. Às 6h30 passa "O Poderoso Chefão", de Francis Coppola (1972), um dos mais expressivos clássicos do cinema americano moderno, que renovou e ampliou a dimensão do filme de gângster.
Para terminar, o mesmo canal tem "A Assassina" (9h30), de John Badham. A rigor, um filme para ver e admirar a atriz, Bridget Fonda, legítima herdeira do avô Henry, da tia Jane: ela é corda e caçamba, como a condenada à morte que o governo põe a seu serviço.
(IA)

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