São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995 |
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Caverna abriga 35 espécies de morcego Peixes-cegos também habitam gruta ANDRÉ MUGGIATI
O nome é uma homenagem a um cacique dos índios waimiri-atroaris. Segundo a tradição popular, o cacique Maruaga refugiava-se com seus homens nessa caverna após chefiar ataques aos operários que trabalhavam na construção da BR-174. A caverna tem 450 metros de extensão e, na entrada, 18 metros de altura. Do alto, escorre uma pequena cascata bem no meio da porta. No chão, um assoalho de pequenas pedrinhas recobertas por um fino riacho de águas cristalinas. Daí para a frente, só se avança com uma lanterna, de preferência forte. No interior da gruta habitam pelo menos 35 espécies de morcegos. No riacho que percorre os 450 metros da caverna, vivem pequenos peixes-cegos, adaptados à escuridão. Durante a caminhada, morcegos desprendem-se do teto para vôos rasantes. Não há o que temer: são morcegos silvícolas, que se alimentam de pequenas frutas, flores e insetos. Como prevenção, aconselha-se o uso de máscara, que protege contra doenças pulmonares transmitidas por fungos. No fundo da caverna há um amplo salão, com uma ilhota de terra ao centro, batizado de "sala de reuniões". (AM) Texto Anterior: Passeio em reserva indígena é perigoso Próximo Texto: Cachoeira mais alta tem queda de 18 metros Índice |
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