São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 1995
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Joinville faz festa do chope 'comportada'

ROGER MODKOVSKI
ENVIADO ESPECIAL A JOINVILLE, SC

A Fenachopp -Festa Nacional e Internacional da Cerveja-, em Joinville (180 km ao norte de Florianópolis), está sendo um Carnaval alemão "familiar".
A festa começou no dia 5 e vai até a próxima segunda-feira. Em termos etílicos e morais, ela é bem mais comportada que a Oktoberfest de Blumenau, a mais tradicional festa germano-catarinense.
Não se vê aglomerações no salão principal da Fenachopp, com capacidade para 10 mil foliões. Cenas de paixão, inconveniência e intoxicação alcoólica explícita também são raras. Durante o dia, os turistas "se comportam na cidade, que vive como se nada estivesse acontecendo.
A festa acontece na Expoville, um centro de exposições distante 5 km do centro, na BR-101. Além do salão principal, há uma feira com suvenires, um restaurante e lanchonetes com comida típica, boate e fliperama.
A organização espera que pelo menos 500 mil pessoas visitem a feira em 19 dias. A população de Joinville, a "cidade dos príncipes", é de 450 mil.
A festa está na sua oitava edição. É a única festa do chope de Santa Catarina organizada, desde 91, pela iniciativa privada.
Tem todas as atrações óbvias das "oktoberfestas" catarinenses que surgiram no vácuo da matriz de Blumenau: chope, música e dança alemãs, comida típica, eleição de Frida (rainha da festa) e um caminhão Mercedes-38, que distribui chope gratuito pelas ruas e avenidas da cidade.
Há tempo para apresentações de grupos folclóricos das outras etnias que colonizaram a região: poloneses, suíços e açorianos.
A maior novidade neste ano foi a vinda de atrações musicais fora da tradição européia.
Maurício Mattar cantou na abertura da festa. Na semana passada, apresentaram-se Fábio Jr. e Daniela Mercury. No domingo, será a vez dos cantores mirins Sandy e Júnior, que vão animar a Fenachoppinho -versão infantil da festa- a partir das 16h.
A globalização da festa é garantida pelo Salão Internacional da Cerveja, que expõe pelo menos 100 marcas diferentes de cerveja do mundo inteiro.
A festa acontece das 20h à 1h, durante a semana, e das 20h às 5h, nos finais de semana e feriados. A entrada custa entre R$ 3 e R$ 5. No último dia, a entrada é gratuita.
A Expoville tem estacionamento gratuito com 1.500 vagas, centro comercial, churrascaria, parque de diversões e pedalinho. Há ônibus gratuitos ligando o centro da cidade à festa.
O litro de chope sai por R$ 4. A expectativa é de que sejam superados os 220 mil litros consumidos no ano passado.
Se depender de Mário Celso Moura, o "Índio", vai ser fácil. Ele é o recordista do Choppemdúzia -concurso para ver quem consegue beber 12 copos de chope em menos tempo-, com a marca de 21,5 segundos.
"Velocidade é só para impressionar a platéia", diz Índio. "O mais importante é a quantidade".
O jornalista Roger Modkovski e o repórter-fotográfico Moacyr Lopes Junior viajaram a Joinville a convite da organização da Fenachopp.

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