São Paulo, sexta-feira, 20 de outubro de 1995 |
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Falta dólar no mercado; cotações sobem
RODNEY VERGILI
A cotação de venda do dólar comercial saltou de R$ 0,9586 no dia anterior para R$ 0,961 ontem. O fluxo cambial no dia anterior já havia sido positivo em apenas US$ 3,65 milhões. As investigações do governo sobre remessas ilegais de dólares para o exterior provocaram também elevação nas cotações do mercado paralelo. No mercado acionário, os índices "andaram de lado" (sem definição de tendência). O índice da Bolsa paulista recuou 0,36% e o indicador Senn (Rio) caiu 0,5%. Há frustração do mercado acionário com o adiamento da discussão da reforma administrativa para a próxima semana. Os investidores estrangeiros estiveram praticamente ausentes das Bolsas ontem. O volume de negócios na Bolsa paulista foi de R$ 138,4 milhões, o menor desde 8 de setembro de 1995 (R$ 117,38 milhões). O índice de inflação da Fipe registrou elevação na segunda quadrissemana de outubro e os juros no mercado futuro acusaram ontem ligeira alta. Há estabilidade na captação entre as aplicações financeiras neste mês. Nas duas primeiras semanas de setembro, os saques superaram os depósitos em R$ 500 milhões. As perdas no mesmo período deste mês caíram para R$ 300 milhões, segundo a Abecip, que reúne as empresas de crédito imobiliário e poupança. A Bolsa paulista fechou acordo com a Depository Trust Company (DTC), principal empresa depositária de títulos dos Estados Unidos, para uso do sistema eletrônico de confirmação de negócios realizados entre instituições de mais de um país. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,062%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,39% para dias úteis, significando rendimento de 3,10% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,37% para dias úteis, o que significou rentabilidade de 3,08% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 2,3120%. CDBs prefixados de 32 dias negociados ontem: entre 22% e 38% ao ano. CDBs pós-fixados para 152 dias: entre 17,3% e 17,7% ao ano, mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,49% ao mês, projetando custo de 3,95%. Para 32 dias (capital de giro): entre 40% e 88% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,75% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: baixa de 0,36%, fechando com 45.850 pontos e volume financeiro de R$ 138,41 milhões. Rio: queda de 0,5%, encerrando a 20.463 pontos e movimentando R$ 18,15 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou com 4.802,45 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.621,20 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 17.955,36 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,960 (compra) e R$ 0,961 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,9580 (compra) e por R$ 0,9590 (venda). "Black": R$ 0,958 (compra) e R$ 0,963 (venda). "Black" cabo: R$ 0,959 (compra) e R$ 0,962 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,930 (compra) e R$ 0,963 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,64%, fechando a R$ 11,71 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 18 foi positivo em US$ 949,73 milhões. As entradas financeiras superaram as saídas de dólares em US$ 610,48 milhões. O saldo total está positivo em US$ 1,560 bilhão. No exterior Segundo a UPI, ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5713 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4112 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 100,76 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para outubro fechou a 3,07% ao mês; para novembro, a 2,91% ao mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para outubro ficou a 47.650 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para outubro fechou a R$ 0,963 e a R$ 0,971 para novembro. Texto Anterior: Novo presidente da Firjan toma posse hoje Próximo Texto: Inflação sobe para 1,25% em São Paulo Índice |
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