São Paulo, sábado, 21 de outubro de 1995 |
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Subsecretário no Rio recebe R$ 34,77 mil
SERGIO TORRES
Coronel da reserva da Polícia Militar, Oliveira, 60, diz que o aumento de 17,6 salários se deveu a pagamentos de gratificações atrasadas desde janeiro. O salário real, diz, seria de R$ 5.500 mensais. A informação do coronel é negada na PM, na qual o aumento causou revolta. Os PMs estão em campanha por melhores salários. Um coronel (ativa) ganha cerca de R$ 2.500. Um tenente, R$ 600. Na PM, informa-se que Oliveira se beneficiou da recente mudança do regulamento sobre cargos de chefia, comando e direção. Em 3 de julho, a resolução 38 do secretário de Segurança, general da reserva Nilton Cerqueira, ampliou a lista de cargos de chefia, comando e direção. Oliveira é assessor direto de Cerqueira. Os dois trabalharam juntos quando Cerqueira comandou a PM, em 81. Pelo regulamento da PM, têm direito a incorporar gratificações os oficiais que ocuparem chefias por dez anos. É a chamada Lei de Incorporação de Vantagens. Definia o tema a resolução 32 (1986). A nova resolução passou a considerar chefia as funções de administrador, almoxarife, intendente, aprovisionador, tesoureiro e instrutor. Com isso, Oliveira conseguiu os dez anos previstos na lei. Pela resolução antiga, Oliveira não tinha direito a incorporar as gratificações, por não ter os dez anos de chefia. De acordo com o contracheque, emitido em 23 de agosto, Oliveira recebeu líquidos (com desconto) R$ 22.557,02. Foram descontados R$ 12.215,25. No contracheque não consta o código "DIF.", usado na PM para os pagamentos retroativos. Texto Anterior: Governo do PI cobra compulsório dos salários superiores a R$ 3 mil Próximo Texto: AL tem novo pedido de intervenção federal Índice |
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