São Paulo, domingo, 22 de outubro de 1995 |
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Abertura obriga sindicalismo a mudar
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Segundo o professor, a estratégia na época era considerar apenas as possibilidades de "maximizar as vantagens para os trabalhadores, sem se preocupar com a competitividade das empresas". Um exemplo de como essa postura mudou é a câmara setorial automotiva, cujo acordo previa metas de produção, emprego, salários e redução de preços dos carros, procurando estimular vendas. Um dos participantes, o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, define os sindicatos de hoje como "sujeitos sociais". "O novo sindicalismo não se isola e sempre apresenta propostas, procurando interferir nos grandes assuntos nacionais. No final da década de 70 era diferente -o trabalho era de mobilização e resistência contra a ditadura", afirma. Os empresários também mudaram e amadureceram suas relações com o movimento sindical, completa Ariovaldo Lunardi, coordenador de negociação do grupo 19-3 (abarca os setores de máquinas e eletroeletrônicos) da Fiesp. "Em 78, tudo era radicalismo, confronto. A negociação não existia. Os empresários iam à Justiça e os trabalhadores, à greve. Hoje há uma busca sincera de se chegar a um acordo", diz Lunardi. Para Paulo Pereira da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e diretor da Força Sindical, em 78 todos os militantes sindicais eram de "grupos políticos". Com o fim do comunismo na Europa Oriental, os dirigentes "foram mudando suas idéias". Texto Anterior: Abertura obriga sindicalismo a mudar Próximo Texto: Dieese faz 40 anos em 95 Índice |
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