São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995
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Mudar de sexo pode não alterar hábitos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Garotos são sempre garotos, mesmo que façam uma operação para mudar de sexo por ter nascido com malformação congênita, segundo conclui uma equipe de pesquisadores da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Os cientistas acompanharam crianças entre 10 a 12 anos que foram submetidas a cirurgias de mudança de sexo por ter um defeito de nascimento no pênis suficiente para que os pais optassem pelas cirurgias.
Embora as crianças não saibam que nasceram homens, dizem os pesquisadores, elas odeiam colocar vestidos, não mostram interesse em se casar, não brincam "de casinha", mas adoram jogar beisebol e futebol americano.
"As crianças escolheriam ser paleontólogos, policiais, médicos, físicos e escritores", disse William Reiner, do departamento de psiquiatria da universidade.
Segundo ele , as crianças apresentam uma condição conhecida como extrofia cloacal. O defeito ocorre em média uma vez a cada 350 mil nascimentos por ano.
Na extrofia, os órgãos genitais nascem como se tivessem sido virados do avesso.
São deformados, que os pais normalmente optam pela retirada completa do pênis (castração). Em seguida, essas crianças são submetidas a uma cirurgia que transforma o canal do pênis, que nasceu dentro do corpo, numa vagina.

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