São Paulo, segunda-feira, 23 de outubro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Hill pode perder vaga na Williams em 96

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DO ENVIADO A AIDA

Damon Hill perdeu a corrida e, talvez, o emprego que tinha na Williams para a temporada de 96 ontem, na pista japonesa de Aida.
Precisando da vitória e de um improvável mau resultado do rival Michael Schumacher para se manter na luta pelo título, acabou apenas em terceiro no GP do Pacífico.
Para piorar, Schumacher fez uma corrida impecável, venceu e acumulou 92 pontos no Mundial de pilotos, suficientes para garantir o bicampeonato com duas corridas de antecipação.
E, para piorar ainda mais, David Coulthard chegou em segundo e já está a dez pontos do companheiro (49 a 59), com chances de garfar o posto de vice de Hill.
Por essas e por outras bobagens feitas na temporada, a Williams já considera a hipótese de dispensar Hill, que estava garantido em 96.
O diretor técnico da escuderia, Patrick Head, é o mais insatisfeito com Hill. Outro sinal partiu de Bernard Dudot, diretor da Renault, fornecedora da Williams.
"Damon não soube tirar vantagem das oportunidades que teve", resumiu, secamente, após a prova.
Para substituir Hill, a Williams teria feito um contato com Heinz-Harald Frentzen, da Sauber. Mas desistiu, pois o piloto já assinou um grande contrato com a Ford, fornecedora da equipe suíça.
A segunda tentativa da Williams seria na direção de Gerhard Berger, da Ferrari, que já assinou com a Benetton para 96. Flavio Briatore, diretor do time, cederia Berger por imposição da Renault e pelo valor da multa rescisória.
Berger não confirmou o contato. Mas foi irônico sobre a possibilidade de Hill deixar a Williams: "Sabe como é, as pessoas falam."
Berger pode até ter premeditado o negócio, assinando, de repente, com a Benetton, há um mês.
Cancelar o contrato com Briatore seria menos complicado do que com a Ferrari, que queria mantê-lo em 96, ao lado de Schumacher.
Se Berger for mesmo para a Williams, Hill pode ir para a Benetton, se Briatore quiser.

Brasileiro
Rubens Barrichello, depois de largar da 11ª posição, deixou a corrida na volta 67, quando era o nono, com problemas na parte elétrica do motor de seu Jordan.
O brasileiro teve boa disputa com o novato Jan Magnussen (McLaren), a quem elogiou. "Foi leal."

Texto Anterior: Rio muda projeto de pista e FIA homologa prova brasileira da Indy
Próximo Texto: Schumacher reclama do rival
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.