São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 1995
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'Economia ecológica' é aplicada no Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos grandes problemas na área de preservação ambiental é a dificuldade em estabelecer valores econômicos para determinados ecossistemas. Como mostrar que um manguezal intacto vale mais do que os benefícios que advirão de uma estrada no mesmo lugar?
Foi por causa desse problema que a oceanógrafa Mônica Maria Pereira Tognella, 30, decidiu adaptar à realidade brasileira técnicas desenvolvidas em países ricos pela "economia ecológica" -campo surgido na década de 50 devido às despesas econômicas geradas a partir de danos ambientais.
"A utilização dessas ferramentas da economia ecológica dá melhor respaldo técnico aos economistas e administradores quanto ao manejo adequado dos recursos naturais", diz Tognella.
A pesquisadora testou três métodos de valoração em duas regiões do Estado de São Paulo: Bertioga e Cananéia (litoral sul).
Em Bertioga foi aplicado a 174 pessoas um questionário desenvolvido a partir da técnica de disposição a pagar. "A quantia que uma pessoa está disposta a gastar em um local é um desses indicadores de valor", diz a oceanógrafa.
Outro questionário, também aplicado em Bertioga, segue a técnica do custo de viagem, em que se calcula a disposição de gasto das pessoas para ir àquele lugar. O terceiro questionário, aplicado em Cananéia, avalia a produtividade das populações locais -como os caiçaras com sua pesca artesanal.
Nesse trabalho de mestrado, Tognella não chegou a fazer as curvas estatísticas desses valores, o que envolveria uma reorientação do trabalho para a área estatística. "Mas conseguimos desenvolver esses questionários e essas técnicas", afirma a pesquisadora.

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