São Paulo, terça-feira, 24 de outubro de 1995
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Brasil manterá apoio a montadoras

CLÓVIS ROSSI
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo brasileiro vai insistir na política de incentivos à indústria automobilística instalada no país, apesar das restrições opostas pela OMC (Organização Mundial do Comércio), uma espécie de xerife do comércio internacional.
A decisão deve ser referendada hoje pela Câmara de Comércio Exterior, o organismo interministerial que cuida do assunto.
Na mesma reunião, deve ser igualmente ratificada a proposta aprovada pelas instâncias técnicas do governo de alterar outra vez o cronograma de redução da alíquota de importação para veículos.
A alíquota, hoje de 70%, cai para 62% em janeiro e fica nesse patamar. O cronograma original previa 30% para abril.
Quanto aos estímulos para as montadoras já instaladas, eles prevêem que as importações fiquem na dependência das exportações de cada fábrica, o que, como é óbvio, prejudica as importadoras pois não montam nada no país.
A medida provisória que estabelece tais incentivos reduz também (de 18% para 2%) a alíquota para importação de bens de capital e insumos para as montadoras.
Na quinta-feira, um comitê da OMC ouviu queixas dos países exportadores contra tais incentivos. A delegação brasileira argumentou que a MP para o setor ainda não fora aprovada no Congresso e que, por isso, era inoportuno qualquer pronunciamento da OMC.
A OMC de fato não se pronunciou, mas o assunto voltará a ser analisado no início do ano.
O governo brasileiro espera até lá ter suavizado a resistência de pelo menos dois pesos-pesados (EUA e União Européia), mas já antevê que Japão e Coréia continuarão se opondo.

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sobre montadoras na pág. 2-11.

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