São Paulo, quarta-feira, 25 de outubro de 1995
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Dissidentes recuam; Magalhães se abstém

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo beneficiou-se, ontem, do recuo dos deputados governistas dissidentes para aprovar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara a proposta que acaba com a estabilidade do servidor público.
O presidente da comissão, Roberto Magalhães (PFL-PE), contrário a proposta do governo, não votou nem sim nem não. Preferiu abster-se.
Além de Magalhães, quatro dos 13 deputados do bloco PFL/PTB haviam anunciado anteriormente que votariam contra o governo.
Apenas o deputado Vicente Cascione (PTB-SP) manteve essa posição.
Trocaram de voto os deputados Jair Siqueira (PFL-MG), Régis de Oliveira (PFL-SP) e Bonifácio de Andrada (PTB-MG).
Os deputados usaram a proposta de acordo do governo para justificar o recuo. Magalhães afirmou que não poderia votar contra um acordo pelo qual lutou.
Entre os 11 votos do PMDB na comissão, o governo conseguiu seis. Cinco dissidentes mantiveram sua posição.
Os três da bancada da Paraíba -Gilvan Freire, Ivandro Cunha Lima e José Luiz Clerot-, o deputado Udson Bandeira (TO) e o deputado João Natal (GO) votaram contra a proposta.
"A comissão mudou de camisola para oferecer sua honra ao governo. A vítima será uma Constituição estuprada", afirmou Freire.
O deputado Nicias Ribeiro (PMDB-PA), que iria votar contra o governo, não compareceu à sessão. Foi substituído por Aloysio Nunes Ferreira (SP), que votou com o governo.
Ribeiro disse que o vôo de Belém para Brasília, no qual embarcaria, atrasou.
O deputado Talvane Albuquerque (PPB-AL) apresentou a mesma justificativa.
A ausência de Albuquerque permitiu o voto favorável ao governo do deputado Roberto Balestra (PPB-GO), suplente na comissão.

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